13 janeiro, 2024

Chora Escola, chora...

Uma rapariga estudante de 16 anos, aluna do 11º. ano de escolaridade, faleceu por ter chocado com uma porta de vidro na sua Escola, em Seia. Um fatídico episódio com contornos surreais, já que não se espera que uma qualquer porta de vidro se possa desintegrar, e os seus bocados cravarem-se-nos no corpo como lanças fatais.

Estas grandes estruturas vidradas, como é o caso de uma porta de entrada/saída numa escola, costumam ser de vidro sim, mas este vidro costuma ter uma estrutura interna, aquando da feitura industrial do vidro em si mesmo, feito de uma fina malha de arame, para evitar que, em casos de choque inopinado, o vidro se estilhace em perigosos bocados. É o denominado vidro aramado, que quando sujeito a uma forte pancada, estilhaça, fragmenta-se, mas mantém-se inteiro pela tal estrura aramada no seu interior. Ora, não foi o caso, infelizmente! O vidro partiu-se aos nacos, sendo que um deles se cravou no corpo da jovem provocando-lhe a morte.

E, pronto! Lá temos mais uma tragédia, como tantas outras em que somos férteis, em que as situações se vão empurrando para a frente com a barriga, e depois, logo se vê! Se este vidro que, provoca tão trágico desfecho não é o que deveria ser, por uma qualquer teoria economicista, ou pelo desleixo de alguém que deveria estar mais atento, então já não podemos esperar muito mais desta Humanidade em que nos vamos desintegrando pelo desamor que nos consome.