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23 setembro, 2024

Frase dos tempos...

As frases, quando dedicadas a um determinado espaço temporal, costumam significar um qualquer conceito, uma qualquer lei dos homens, ou uma qualquer predestinação. É o caso do, por exemplo: "Frase do Dia"...

A Frase que hoje aqui vos trazemos, é a frase do dia, da semana, do ano, do biénio, do  lustro, da década, ou melhor, quase das últimas três décadas. Em 1986 morreram 13 Bombeiros. 10 da corporação de Águeda e 3 da corporação de Anadia. Dentre eles, o Pai (Bombeiro falecido) de um Homem que hoje, depois das 9 mortes, 5 de bombeiros e mais 4 civis nos incêndios devastadores dos últimos dias, diz tão somente aquilo que consideramos que é, simultâneamente, devastador e um grito de incontida revolta. E a frase que vale pelos quase 30 últimos anos é:

"Tenho muito orgulho do meu Pai e da farda que ele vestiu; a de Bombeiro. Mas tenho uma profunda vergonha deste País que ele serviu!"

Pergunta-se:

Que medidas do poder político?

Que medidas do poder judicial, nomeadamente, dos Tribunais? Aplicar a Lei com mão mais pesada?

Que medidas da Agência Portuguesa do Ambiente e do ordenamento da nossa floresta?

E a construção de centrais de biomassa, cujo Governo anterior já deliberou em legislação própria, mas cuja efectivação nunca saiu do papel?

É urgente acabar com esta desgraça!

Chega  de Estudos e de Planos. É preciso, é urgente AGIR, mas agir mesmo!




18 setembro, 2024

Bombeiros, aqueles heróis!

Malvado fogo que não dá tréguas!

Já lá vão três dias, em que de dia e de noite, os bombeiros e as populações combatem nesta batalha desigual contra o monstro que tudo lambe, tudo engole, tudo leva na frente.

O País continua, praticamente em metade do seu território a consumir manchas de floresta e bens. Bens patrimoniais de quem levou toda uma vida para até eles chegar. Tudo vai nas labaredas, tudo desaparece deixando atrás de si um rasto de cinzas, muito negrume na paisagem e muita dor daqueles que perderam tudo, ou quase tudo, fora aqueles que perderam o que de mais sagrado tinham nas suas vidas: os seus entes queridos que não resistiram perante a força devastadora deste Adamastor.

Luís Montenegro, para além de medidas de remediação a executar com celeridade para ajudar todos aqueles que tudo perderam, prometeu também mão pesada na  procura incessante de todos quantos tenham ateado fogos florestais, atentando contra a vida do seu semelhante. Oxalá, cumpra também este último designio, já que não é mais possível continuar a viver paredes meias com esta "meia dúzia de loucos" que tudo fazem a troco de uma reles tigela de lentilhas...

Uma última palavra de gratidão para todos aqueles que, como os Bombeiros de Portugal e os que já cá estão do País vizinho e irmão, tudo fazem para defender até à exaustão a vida e os bens de todos nós. Muito obrigado a todos vós!!!

17 setembro, 2024

Bombeiros - País está de luto

A desgraça dos fogos florestais continua a sua saga infernal, fustigando vilas e aldeias, acercando-se de cidades e zonas mais povoadas, não dando sossego a ninguém desde há dois dias ininterruptamente. De dia e de noite tem lavrado incessantemente, levando vidas, bens materiais, como casas, carros, oficinas, fábricas, armazéns e destruindo uma mancha florestal que já vai nos 62.000 hectares, deixando em todos este sentimento da mais profunda impotência.

Infeliz e lamentavelmente, a  somar às 4 vitimas mortais que já vinham de anteontem, aconteceram mais três vitimas fatais no dia de hoje. Três mortes de gente jovem na flor da vida, pertencentes à corporação de Vila Nova de Oliveirinha, que foram apanhados pelo fogo maldito que lhes ceifou as vidas; duas Mulheres e um Homem que pereceram e que nos deixam este sabor amargo, este sentimento choroso em que todos, mas, mesmo todos nos sentimos irmanados com todos os bombeiros que combatem nesta luta desigual, em prol da segurança e do bem estar de todos os outros, que somos nós todos.

A nossa homenagem, o nosso bem-haja e a nossa mais profunda consternação pela tragédia que mais uma vez se abateu sobre uma corporação de bombeiros. Condolências muito sentidas às Famílias enlutadas.


30 agosto, 2024

Helicóptero cai no rio Douro

Abateu-se uma tragédia, em forma de helicóptero com seis homens a bordo, piloto e elementos da GNR, que regressavam de combate a incêndio em Baião. Desconhecem-se as causas para a ocorrência do desastre, mas tudo aponta para que tenha havido uma avaria fatal na máquina voadora.

O único sobrevivente é o comandante piloto da aeronave, sendo que todos os 5 passageiros restantes, eram membros dos sapadores da GNR, tendo sido encontrados 4 corpos, encontrando-se ainda desaparecido o último elemento.

São Homens que merecem todo o nosso respeito, toda a nossa gratidão, pois são elementos que fazem de tudo, em todos os dias das suas existências, para ajudar os outros em momentos de grande aflição.

Aqui deixamos expressa toda a nossa solidariedade, as nossas mais sentidas condolências para com as Famílias enlutadas, bem como a nossa mais profunda consternação por tão nefasto acontecimento.

11 agosto, 2022

Serra da Estrela a arder!

Está a acontecer um desastre - mais um - ecológico e ambiental deveras preocupante. Todo o ecossistema, composto por fauna e flora e que é património primordial, segundo classiificação da Unesco, está a sofrer um duro revés. Já lá vão cerca de onze mil hectares de um património único que não devia estar a sofrer a chaga viva das labaredas que o consomem, que o destroem. Serão precisas algumas décadas - quantas? -para recuperar a riqueza que ora vamos perdendo.

Que lástima! Que desespero este constante suceder da desgraça de todos os Verões, em que assistimos impotentes, a este devastar do que de mais precioso tinhamos.

07 agosto, 2022

Bombeiros, aqueles heróis...

Verão de canícula. Temperaturas a bater recordes. Falta de pluviosidade desde há longo tempo. Terra sêca, campos áridos, florestas cheias de mato alto e crespo. Colheitas de penúria devido à escassez de água para rega. Gado a sofrer da falta de pasto verdejante e agricultores de mãos na cabeça frente a um cenário nunca antes visto.

Em consequência de todos os factores acima mencionados, eis que, e à semelhança do que sempre acontece todos os anos desde há já demasiado tempo, eis que, diziamos, rebentou com uma fúria inusitada a época dos fogos, dos grandes incêndios que têm movimentado milhares e milhares de operacionais, entre bombeiros, e uma vasta gama de outros envolvidos desde a Protecção Civil, até aos pilotos de aeronaves que têm sobrevoado as áreas ardidas muitos milhares de vezes.

Milhões de litros de água para extinguir fogos quando estamos em seca severa e extrema de uma ponta à outra deste País. Milhões de Euros em deslocação de materiais de um lado para o outro. Milhões de Euros de floresta ardida, de madeira queimada, de ecosistemas perdidos, de casas ardidas, casas que deixaram sem tecto gente que chora de desespero, de impotência perante a desgraça que se lhes adentrou pelas suas vidas...

Todos os anos se apela ao juízo, ao equilíbrio, a uma postura exigente e controlada de todos para se evitar esta desgraça que já se tornou recorrente. Não adianta! Todos os anos a história repete-se vezes sem conta, sem que se vislumbre uma solução para esta hecatombe. Agora, que as alterações climáticas prometem Verões cada vez com mais vagas de calôr, que medidas, que punições, que coimas, que justiça, que cadeia para com todos aqueles que se permitem atentar contra a vida e o património dos outros?...

Uma palavra, mil palavras, um livro inteiro de louvores para com todos aqueles que com risco da própria vida nos ajudam a todos: Bombeiros Portugueses, muito obrigado por serdes tão heróis como sois!!! 

09 julho, 2022

Fogos, o flagelo









Numa imagem do prestigiado "SAPO" podemos ter uma noção dos fogos que, por esta altura, estão a devastar a nossa mancha florestal. 


São vários e de diferente magnitude, os incêndios que lavram no território nacional. Há centenas e centenas de operacionais a combatê-los no terreno, com muitas viaturas em movimento e muitos meios aéreos envolvidos. Para se ter uma ideia, ontem, Sexta Feira, houve 121 ignições. Um triste record, pois jamais se havia alcançado uma tal barbaridade, em apenas 24 horas.

Todos os anos temos este fado amaldiçoado que nos prejudica, que nos empobrece e que a alguns - os directamente atingidos -, podem trazer ondas de desgaça com perdas incalculáveis, quer se trate dos bens de uma vida, quer se trate da perda da própria vida.

Se, podemos atribuir algumas destas ignições às malfadadas alterações climáticas, não deixa de ser verdade que, em muitos casos, tais ignições acontecem por incúria, por descuido, por desleixo de alguns de nós, quando não, até, por mão criminosa, por gesto intencional e, deliberadamente, criminoso que deveria sr punido de forma célere e contundente. Infelizmente, tal não acontece e, no entretanto, vamos continuando a assistir a este flagelo das nossas vidas: o Fogo.

30 janeiro, 2021

Bombeiros Portugueses, obrigado!

Estamos na casa dos quase 300 epitáfios diários... Tem sido assim, desde há uma boa dezena de dias. Os números, esses malditos conjuntos de hieroglifos - neste contexto, é claro! - que significam vidas, corações que não batem mais, olhos que perderam o brilho, rostos, cujo sorriso se desvaneceu...

Há filas de ambulâncias em várias urgências hospitalares, sendo que os casos mais graves nos últimos dias, aconteceram à porto do Santa Maria, com cerca de 30 daquelas viaturas com gente em sofrimento no seu interior. A espera, essa, prolongou-se por longas horas, com os bombeiros - outra classe dos nossos herois - a permaneceram ali, ao frio, com fome, em desespero.

De imediato, se gerou um movimento de populares que acorreram deixando alimentos, bebidas e uma palavra de incentivo e de conforto. Aconteceu o mesmo, no Garcia de Horta, em Almada. Benditos sejam os Bombeiros Portugueses e benditas sejam as gentes que, súbitamente, aparecem do nada, carregando esperança nos braços.