As Escolas continuam o seu percurso, isto é, dominadas pela Tutela, silenciadas por alguns dos seus Directores, abafadas por muitos dos que compõem a estrutura escolar...
Ouve-se da boca de alguns supostos responsáveis que a Escola é o ponto mais seguro onde os nossos jovens podem estar. Está bem, quem acredita nestas atoardas?
A frescura de anos da maior parte da nossa população escolar, não lhes permite ter uma noção, nem que seja aproximada, dos riscos em que se incorre quando se encontram aos magotes, quando convivem uns com os outros nos corredores ou no interior da sala de aula, nos intervalos entre Disciplinas...
Depois, quando há azar, que é como quem diz, quando algum deles apresenta sintomas ou testa positivo, as Escolas actuam da forma mais diversa, de acordo com as instruções do Delegado de Saúde da zona:
Escolas há, em que aquela turma pára toda. Vai tudo para casa;
Outras, de acordo com a DGS, vão para casa os quatro alunos que rodeiam o infectado: o da frente, o de trás, o da esquerda e o da direita;
Outras ainda, em que pára tudo. Vai tudo para casa, a Escola em peso, o Infantário, o Berçário;
E, depois, há as outras. Aquelas que para a Tutela não passam de uma centena e que para a Fenprof já ultrapassaram o milhar. São casos "isolados, pontuais, meramente ocasionais que não põem em risco a comunidade escolar", dizem os entendidos(?)...
Estes "entendidos" não respeitam o distanciamento social entre alunos, não fornecem álcool gel em quantidade qb, não asseguram espaços alternativos - ginásio/refeitório - à exiguidade do espaço das salas de aula, não garantem que o transporte de e para a Escola em autocarros fretados, seja feito observando números máximo/mínimo por camioneta. Enfim, há que continuar... até que haja azar! Depois, se o houver, logo se vê!
Proacção, prevenção, antecipação - nada disso! Remediação, depois das coisas acontecerem!...
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