É irremediável. É impossivel. Por muito que pareça que estamos sempre a bater na mesma tecla, não há como fugir, como escapar a esta maldita sina de ter que cohabitar com a doença, com a inconsciência de alguns, com a teimosia de uns tantos e com a incompetência de alguns mais.
Em Lisboa e Porto, as filas para os transportes públicos são de dezenas de metros. Os autocarros quando chegam, ou não páram por irem já sobrelotados ou, se o fazem enchem rapidamente. Cenário idêntico nas estações de Metro.
Gente, muita gente agrupada, encostados uns nos outros, como nas escolas, nas universidades, nos centros de saúde...
Proclama a DGS que ""desde que cumpramos as regras básicas, como o distanciamento, a lavagem de mãos, a etiqueta respiratoria..., tudo estará, mais ou menos, controlado..." Mas, que controlo se não é possível fazê-lo por falta de mais transportes, por falta de salas de aula e do desdobramento de turmas, por falta de mais centros de saúde que possam albergar todos, sem que houvesse necessidade de as pessoas, à falta de espaço, virem aguardar a sua consulta no passeio da rua...
Que distantes estão todos aqueles que falam de palanque, da realidade nua e crua que, todos os dias, se vive na rua!
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