Há dias, escutando alguém das minhas relações amistosas, recém-chegada de férias do Sul de Espanha, a quem manifestei os meus temores e a minha intenção de não viajar para certos destinos este ano, escutei:
- "Era o que faltava! Tinha férias marcadas e desse no que desse, não ia ligar para essas pieguices,...eu é que tinha que ir! Se algo acontecer, logo se vê!"
Fiquei a olhar a pessoa, até porque sei que se deslocou com o seu agregado, onde consta uma criança, e dei comigo a pensar, obviamente, a nível global, nos mais de 800 mortos, nas dezenas de milhar de infectados e no Outono/Inverno que, inexoravelmente, vão chegar.
Mantenho aqui, aquilo que já aqui afirmei, ou seja: quem quer que se desloque para zonas de risco, para zonas infestadas do potencial disseminador deste malfadado vírus, se não vai a trabalho, se não vai para estar numa exéquia fúnebre de parente chegado, isto é, se VAI, SÓ PORQUE VAI, porque achou que se houver azar, o seu bendito SNS (Serviço Nacional de Saúde) vai arcar com todas as custas, então este(!) espécimen deveria pagar do seu bolso todos os custos inerentes à sua recuperação. Chega de tanto disparate, tanta asneira, tanta vaidade saloia e de espremer o orçamento que, afinal, mais não é que a factura colectiva que todos pagamos.
Quando as mortes, em vez de 8 centenas estiverem multiplicadas por 10 ou 100, aí veremos se estes intrépidos viajantes manterão "as ganas" de ir para Palma de Maiorca, Cancum ou Santo Domingo...
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