31 outubro, 2009

Justiça, que injusta!



caracol e justiça, ambos ao 'ralenti'

Soubemos hoje que uma escritora publicou um livro de pequenos "contos", pequenas "historietas", grandes "anedotas", dessa outra, que dá pelo nome de Justiça Portuguesa. Segundo consta, a autora retrata na obra episódios verdadeiramente aberrantes, que todos os dias acontecem nos tribunais portugueses

À luz da ribalta e à laia de exemplo, dois acontecimentos tratados hoje na comunicação social e que são tão elucidativos do anedotário da nossa justiça:

1 - Um advogado carrega para um tribunal (onde? é irrelevante!) uma fotocopiadora. Descarrega-a num corredor acanhado, de passagem, em pleno tribunal. Leva resmas de papel e um funcionário do seu escritório. Espera que lhe não cobrem as fotocópias já que todos os custos são suportados por si. Admite, contudo, que o tribunal lhe debite custos de electricidade. Isto tudo, porque o tribunal não lhe concede condições para consultar um processo de um seu constituinte. Ridículo e aberrante, no mínimo.

2 - Uma cidadã leva a tribunal uma outra. O caso em litígio é a "apropriação indevida" de um gato, pertença da primeira. Dispenso deste comentário os detalhes do embuste por "demasiado pequenos".
O tribunal, um juíz, dois advogados, um procurador, vários jornalistas..., assim se esgotou uma tarde inteira, com custos pesados para o país que somos. Com tanto crime, contra idosos, crianças, mulheres cujas "vidas se encontram adiadas" há quatro, cinco, dez, uma dúzia de anos à espera que a justiça se faça... O gato gerou um conflito, é importante pela companhia, pelo esvaziar da solidão, pela ternura que pode gerar, mas...e a vida, as vidas das pessoas?

São só dois casos..., estranhos e tortuosos do percurso da nossa justiça...

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