12 novembro, 2007

"Extensões"... tão belas e tão sofridas

Vendo hoje um Noticiário televisivo fui confrontado com esta dicotomia atroz: As extensões de cabelo que quem pode, aplica num bom cabeleireiro, pagando obviamente, bom preço, são de cabelo natural, sim senhor! - eu não sabia - , provindas da India de mulheres jovens que vendem o seu escalpe ( o termo é este) pois são rapadas até ao último pêlo, para sustentarem os filhos/irmãos/pais e a si próprias. Após lhe ser retirada a cabeleira, a mesma é minuciosamente preparada para ser exportada para os mercados ocidentais sempre ávidos de novas experiências, não importa à custa de que sacrifícios e de quem os sofre. Já agora, na reportagem aventou-se que o negócio envolve 60 milhões de euros! Não há dúvida que o dinheiro, a ganância, a ambição desmedida aniquilam o Homem e fazem-no baixar a patamares de triste notoriedade.

10 novembro, 2007

São Verdes, Senhor!...

Vem isto a propósito de um concurso televisivo em que um dos membros do júri se apresentou com uma T-shirt totalmente verde e com uma singular inscrição na frente: "RECIBOS VERDES - SINCE 1993" Cumprimento esta forma de intervenção social, sem medos, sem falsos pudores, num programa televisivo de vasta audiência. Que grande serviço público este Homem prestou a todos aqueles que vivem - vivem, ou sobrevivem? - neste malfadado sistema. São aos milhares e abrangem, infelizmente, todos os extractos sociais da nossa sociedade, desde professores a enfermeiros, de auxiliares acção educativa à mesma classe na acção médica, de balconistas à construção civil, de vendedores a electricistas. Seria uma longa lista que, por demais enfadonha, paro por aqui. Isto é gente que trabalha, que produz, que gera riqueza para o País, que paga os seus impostos, mas que, no outro prato da balança não tem estabilidade mental e psicológica para programar o seu próximo mês, o próximo semestre, já nem falo no próximo ano. É gente que se não pagar Seg.Social pesada (e o que lhe sobra?, depois de proventos a recibo verde, geralmente baixos) não tem direito a baixa, não tem direito a subsidio de desemprego, enfim, tem direito a trabalhar e estar calado, silencioso, quieto no seu canto, como um "nada", como se não tivesse rosto, nem personalidade, nem lágrimas, nem dor, nem vontade de gritar...tantas vezes. Mas, gloriosamente ainda não lhe tiraram tudo: Tem um N.I.F.!!! Para os mais incautos: Número de Identificação Fiscal. Somos tão felizes, não somos?

06 novembro, 2007

Originalidades!

Hoje, na baixa do Porto, estacionei em segunda fila durante não mais do que sessenta segundos. Está errado, eu sei! Quando regressei, depois de ter entregue a encomenda ao Cliente, tinha uma carro patrulha e 2 agentes a "limpar" a rua - o meu carro e mais 6/7 nas mesmas condições, todos com sinalizadores ligados, depreendo que de gente a trabalhar e com pouca demora. Apressei-me a meter o meu carro num parque perto, até por me interessar prolongar um pouco mais a conversa à volta da minha encomenda. Livrei-me por um triz! Quando saio da loja cerca de 30 minutos após, estive com toda a calma a tratar do negócio que me interessava, fico abismado por ver o carro da BT ainda - também ele, desde que chegou!!!, em segunda fila, com os senhores agentes de portátil em punho a emitirem multas a torto e a direito, algumas delas, a serem pagas na hora. Pergunta: E quem multa os carros dos senhores agentes da autoridade em 2ª.fila numa rua da baixa portuense em hora de algum tráfego? Responda quem souber e, se possível, ligado às entidades competentes.

27 outubro, 2007

O Começo!

Olá, acabo de chegar a este mundo novo. Sei que com este passo estou a abrir uma nova janela plena de possibilidades para chegar ao contacto com outras pessoas, de outras latitudes, de outras culturas e credos. Espero estar atento ao mundo à nossa volta e trazer a este espaço episódios que firam a minha atenção no quotidiano das nossas vidas. Até breve.