Com João Costa ao leme, é sempre a caír rumo ao abismo
João Costa vai ficar para a história, tal como ficou Maria de Lurdes Rodrigues, como um dos mais perniciosos Ministros da Educação, desde que existe Democracia no nosso País.
No ano lectivo que ora findou, 2022/23, anunciou que, a título transitório, e devido à falta de Professores, o seu Ministério iria contratar para leccionar pessoas com Licenciatura pós-Bolonha, isto é, pessoas sem estágio pedagógico e, portanto, indevidamente qualificadas para exercer tal mister.
Pois bem! O sr. Ministro, de forma algo capciosa e sinistra, aproveitando as muitas labaredas em que se consomem os mais diversos escândalos políticos, económicos e sociais que grassam na Sociedade Portuguesa, fez aprovar legislação que torna, doravante, o transitório em definitivo. É isso mesmo! Daqui para a frente, toca a baixar ao nível, toca a minimizar, toca a simplificar, toca a varrer da profissão e da carreira docente a preparação científica, a preparação pedagógica, a classificação, o mérito, a excelência, o compromisso e a vocação de todos quantos, de verdade, nasceram para ser Professores.
Agora, meus caros concidadãos é assim: Um qualquer Licenciado pós-Bolonha com 3 anos de Faculdade, que na prática se resumem a três semestres de aulas efectivas, independentemente, de ter jeito para a tecnologia, para a mecânica, para a arquitectura, para a psicologia, para a investigação laboratorial, eu sei lá, basta que se candidate a ser Professor e..., pronto, pode muito bem ser colocado em Lisboa, Alentejo e no Algarve (onde eles fazem falta) a dar Português, Matemática, Geografia, História ou, o que quer que seja. O sr. João Costa revela um gigantesco desprezo pelas melhores opções, como sejam a escolha dos mais credenciados, dos excelentes, dos científica e pedagógicamente qualificados.
As crianças deste País vão ter "Professores", mas vão tê-los não preparados, não "nascidos" para aquilo, não vocacionados, vão ter Professores que lhes debitam o que constar dos manuais escolares, sem nenhuma outra preocupação que não seja que os meninos transitem para o ano seguinte, a qualquer custo. O Saber, a passagem de Conhecimento para os vindouros vai continuar a caír a pique...
Para o ano, quando chegarmos ao final do trabalho nas Escolas, cá estaremos para constatarmos todas as asneiras, todas as atrocidades, toda a inépcia, toda a impreparação a que todos os anos, vão sujeitando as gerações futuras através deste atamancar insidioso com que se (im)prepara o futuro.
P.S.: 'link' acima leva-o a um artigo do prestigiado "Público" que lhe conta todos os pormenores