Minha Flôr, meu Dôce
Franzina, parece um"dez reis de gente",
No entanto, ela é meiga e comovente.
Ela é tão chegada e tão presente,
Ela é macia, suave e quente.
Ela é intuitiva e inteligente,
Ela é sagaz, de luzidía mente.
Ela é senhora de porte eloquente,
Ela conhece a verdade e quem mente.
Ela sempre foi de uma grande ternura,
Ela sempre soube usar tão bem a candura.
Ela sempre guardou ciosa, na sua lura,
O que de melhor tem em bravura.
Ela é flor de um jardim imenso,
Ela é o aroma esfusiante de um incenso.
Ela é o arabesco desenhado no lenço,
Ela é o perfume penetrante e denso.
Ela foi para lá cheia de garra e coragem,
Ela está só, com dias enormes, sem companhia,
Ela precisa deslizar, ganhar embalagem,
Ela precisa voar, e sonhar uma alegoria.
Tu és uma grande Figura, um grande Ser.
Tu serás sempre alguém que merece respeito.
Tu és tudo aquilo que eu não pude ser,
Tu és e sempre serás, a batida que sinto no peito.
Carlos Menezes.