Depois dos 23 que ficaram em prisão preventiva - e bem! -, mais 4 elementos que foram presentes a Juíz no Tribunal do Barreiro, foram igualmente, tratados com a mesma medida de coacção, isto é, ficaram também em prisão preventiva.
Ontem, ouviu-se a advogada do ex-líder da claque "Juve Leo" dizer aos jornalistas e, através destes, ao País que: "classificar como crime de terrorismo o simples facto de se darem duas chapadas e, utilizando o cinto e com a sua fivela, se abrir a cabeça a um jogador, que ainda por cima é bem pago..." Faço aqui um compasso de espera, respiro fundo para absorver tamanha parvoíce e exclamo: Meu Deus, o que vai na cabeça desta senhora, como é que ela pode representar quem quer que seja perante um Juíz na Justiça?
Este episódio, traz à lembrança um outro personificado por um colega desta senhora que, na altura da prisão preventiva dos 23 elementos anteriores, e na representação de um ou mais que um deles, disse qualquer coisa parecida, mais palavra, menos palavra com o seguinte: "Como é possível a aplicação, por parte do senhor Juíz, da medida de coacção mais gravosa, quando estamos a falar de jovens, que na sua maioria, estavam ainda há tão pouco tempo, a apertar os atacadores dos seus ténis?"
Os senhores advogados cá do burgo deveriam ter mais respeito pelas pessoas para quem falam, quando falam em público. É que, dessa forma, não seria tão visível aos olhos de todos, o quão imperfeita foi a sua preparação e quão pouca é a sua ética, para o mister que desempenham.