Os meses, os trimestres, os semestres, os anos vão passando e tudo continua na mesma; ou seja, no mais absoluto marasmo, na maior calmaria para os implicados, que é como quem diz: estão na maior, a gozar e a viver dos rendimentos, obtidos à custa do sacrifício de muitos e muitos Portugueses.
Como se não bastasse, a Justiça entendeu devolver montantes vultuosos à mulher, mas e também, ao próprio, de um dos vários cidadãos que se encontram nesta espécie de limbo, neste cenário que parece não passar do meramente ficcional. Lembramo-nos dos casos de José Sócrates e de Ricardo Salgado, para só mencionarmos alguns...
Que é feito dos julgamentos de personagens tão sinistras quanto estas? Que é feito do Alzheimer do ex-banqueiro sentado num avião a ler o Expresso, mas, que afinal, não podia expressar-se em Tribunal? Que é feito de Sócrates a viver à beira-mar, com janela virada para a espuma na crista das ondas? Que é feito dos recursoss e contra-recursos que levam isto para prazos indecorosos que deixam na alma de todos nós, o sentimento de que, ao fim e ao cabo, a Justiça é demasiado branda para com os ricos e poderosos?
Haja vergonha, haja decôro, haja decência, haja a dignidade que se exige para levar esta gente a julgamento e finalizar processos que martirizaram muitos milhares de Portugueses, que padeceram da desgraça de cruzar o rumo das suas vidas com tais personalidades!!