Após 19 anos de jejum, o Sporting Clube de Portugal, venceu o Campeonato Nacional de Futebol. E, fê-lo com total merecimento depois de 32 jornadas sem conhecer o sabor da derrota, e quando faltam ainda dois jogos para terminar a competição.
Aos campeões e a todos quantos estiveram na envolvência deste título, os parabéns que se justificam pelo ressurgir do Rugido do Leão!
Lamenta-se de forma muito clara é o comportamento, a postura cívica dos muitos milhares de adeptos, de Sportinguistas que se juntaram à volta do Estádio para a tão esperada e ansiada celebração. Não pode ser! Não podia ter acontecido daquela maneira, numa altura em que a Humanidade está sujeita a uma terrível e devastadora pandemia.
Quem falhou? Falharam muitos, nomeadamente:
Falhou a Polícia, que devia ter "adivinhado" que a turba se comportaria daquela maneira;
Falhou a Direcção do Sporting. Jamais deveria ter instalado écrãs gigantes no Estádio, nem tampouco contratado um autocarro para o "passeio" dos campeões;
Falhou a Cãmara Municipal de Lisboa, de parceria com a PSP, que permitiram o passeio do autocarro ao longo de 5 quilómetros de via pública, pejada de gente;
Falhou o Secretário de Estado João Paulo Rebelo que tinha garantido dias antes, que tudo estava a ser "planeado", segundo todos os cânones;
Falhou a D.G.S. ao não ter tomado iniciativa enérgica e imediata contra tudo que fossem festejos de rua, logo, ajuntamentos de pessoas;
Falhou, uma vez mais, o sr. Ministro Eduardo Cabrita, que tristemente, vai falhando e continuando a falhar sem que tais falhanços o façam "perder" o lugar. Não se percebe muito bem o que faz este senhor no seu dia a dia, a bem da Nação.
Falha o Governo no seu todo, quando o sr. Primeiro Ministro vem anunciar que vai ser instaurado um inquérito à actuação da PSP. Porquê, sr. dr. António Costa, por que é que a PSP se vê, mais uma vez, atirada contra a parede, como tendo sido "a má da fita", quando afinal, tanta, mas, mesmo tanta gente falhou?
À guisa de remate final - uma vez que de futebol se falava -, que posição vai ser tomada pelo Governo, o que vai ser dito às gentes da restauração, às gentes da hotelaria, às gentes da Cultura, às gentes dos Festivais de Verão, a hordas de gente que, por uma causa maior, se tem visto privada de ganhar a sua vida, de tratar do sustento da Família, quando todos estes Portugueses reclamarem tratamento igual ao que ontem, o País todo pôde testemunhar?