O Movimento dos Indignados manifestou-se à escala global. De Lisboa ao Porto, passando por Nova Iorque, Paris, Madrid, Roma ou Berlim, para só falar em alguns, foram milhões de pessoas que gritaram bem alto o seu inconformismo, a sua grande insatisfação, a sua revolta pelo estado calamitoso a que chegaram as finanças e a economia de tantos países.
A banca e o seu descalabro, a sua falta de critério nas facilidades concedidas a tudo o que fosse pedido de empréstimo, as suas apostas duvidosas em mercados ou economias falidas onde esperavam engordar, rapidamente, à custa do rendimento de taxas de juro de verdadeira agiotagem, conduziram-na a becos sem saída; de igual forma, os governos, os políticos e as suas megalomanias, as obras faraónicas com custos orçados em 100 e a acabarem em 300/400 devido às já famigeradas derrapagens, só possíveis pelo espírito de compadrio reinante e pela corrupção desenfreada que grassa no seu seio.
Cortes na Saúde. Cortes na Educação. Cortes na Assistência Social. Desemprego a disparar em flecha. Geração de riqueza que se não faz. Exportações estagnadas. Agricultura e Pescas em claro défice para suster a fome que já se vive. Mais impostos e impostos e, ainda, mais impostos... Um dia destes a continuar desta forma, crescendo o desemprego e diminuindo as contribuições dos que trabalham, fica a pergunta: onde ir taxar mais impostos se esgotarmos a fonte que os gera?
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