O Senhor PM num discurso inflamado por terras transmontanas - até parecia estar em campanha para as Autárquicas!, deixou no ar a ideia de que não é justo que o Estado pague a servidores seus que, entretanto, pelas mais diversas razões cuja responsabilidade lhes não cabe, estão hoje "de costas ao alto".
Tendo pena daqueles milhares de portugueses que, infelizmente, para eles e suas famílias se vão ver "porta fora, não tarda nada", eu até consigo entender que Passos Coelho, por muito que doa aquilo que diz, não tem muito mais saídas. Há que cortar, cortar, cortar para diminuir ao tal famigerado défice.
Agora, o que não entendo, mas não entendo mesmo é que se há ainda tanto para cortar, porque aparecem (ainda!) dinheiros para Fundações, para mais Ministros, mais Secretários de Estado, mais carros, mais motoristas, mais tantas e tantas nomeações (mais de quatro mil!) feitas pelo Executivo que, no final das contas, daquele discurso, outra coisa não nos resta que olhar para todos vós - Classe Política Portuguesa - e termos pena, muita pena das nossas memórias curtas, tão curtas que ainda não aprendemos a dar-vos uma grande enxotadela...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Vá lá, escrevinhe à vontade!