25 fevereiro, 2015

Carrinhos de hipermercado e criancinhas

Já aqui falamos variadíssimas vezes, da Educação e da sua antítese: a falta dela!

A Educação é um conjunto, é um bouquet, uma molhada de coisas que interessa mexer muito bem, amassar repetidamente, consolidar de forma leve, brincalhona, mas, de forma séria. Por tudo isto, a Educação dá-se e recebe-se em ambiente intimista, protector, acolhedor, com toda a ternura de que formos capazes mas, também, com intensidade, com seriedade, fazendo passar o testemunho daquilo que nos deram aquando daqueles tenros anos da nossa meninice... Quantas vezes, depois do beijo, do abracinho sentido e caloroso, não nos vemos compelidos a ser firmes, algo mais enérgicos e a pronunciar o Não como mais uma palavra que faz parte do processo educativo, do quotidiano, da linguagem de todos os dias, habituando assim a criança, a que na vida ora ganhamos, ora perdemos e que, para ambas as situações temos que estar preparados e aceitar, superando a frustração do momento, se fôr o caso, e continuando o caminho...

Vem isto a propósito, dos Pais que metem os seus filhos com idades entre os 3 e os 11-12 anos dentro dos carrinhos de compras nos hipermercados, sem que ninguém da segurança, dos funcionários, da direcção da unidade chame a atenção para a falta grave no que concerne ao perigo para a saúde pública. O que é facto, é que acondicionamos alimentos onde as crianças puseram os sapatos com solas contaminadas com milhões de bactérias. E isto passa impune, sem que os Pais demonstrem qualquer preocupação, não só com a saúde dos seus filhos e de si mesmos, mas e sobretudo, com a maior desfaçatez e desprezo por todos os outros, e com a mais elementar falta de educação! Depois, alguns, invectivam a Escola como se aquela fosse a Mãe de todos os desvarios das suas mentes deturpadas.

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