O 25 de Abril já não é o que era.
Neste dia costumávamos comemorar conquistas como a liberdade, respeitabilidade, credibilidade, honorabilidade, equidade, enfim... Tudo o que estivesse nos antípodas de ditadura, prepotência, narcisismo, despotismo, elitismo, esclavagismo...
Não entendo, deveras, como é que há portugueses que decidiram celebrar aquela data com mais uma romagem a Évora, onde depositaram flores nos caracteres que compõem o nome da cadeia e gritaram o nome do homem. Chegou-se ao cúmulo de pagar uma avioneta que sobrevoou a cidade com uma tarja alusiva à personagem.
Com tanta disponibilidade financeira por parte dos que lá foram, pergunta-se, depois da seguinte afirmação: "há quase três milhões de portugueses a viver no limiar da pobreza...". Porque não se canalizam os dinheiros deste folclore para os que mais precisam? Há razões que a própria razão desconhece!
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