Continuamos a morrer, em pleno século XXI, desta forma estúpida e que nos envergonha até ao tutano, quando nos dizemos um País evoluído, pertencendo à Europa Ocidental, um País de ponta no que concerne aos cuidados assistenciais no nosso "SNS", mas, que afinal, não é tão de ponta quanto isso, já que nos vão acontecendo estas infelicidades que destroem vidas de famílias inteiras, e que nos levam para sempre aqueles a quem mais amávamos.
Referimo-nos à morte de mãe e bebé, ocorridas esta Segunda Feira, dentro de uma ambulância quando se dirigiam em urgência para o hospital de Guimarães. Tinham lá estado na véspera e nada de digno de registo lhes tinha sido diagnosticado, já que deram alta à senhora.
Quando regressa a esta unidade hospitalar no dia seguinte, ao que consta, foi transportada em estado de muita falta de ar, razão pela qual sucumbiu a bordo da ambulância, bem como o bebé que tinha no seu ventre. Como se entende uma tal situação, como é que na véspera não se aperceberam que havia ali uma falha sistémica grave e porque não ficaram com a senhora internada e sob observação? Que se passa com o nível assistencial a que estávamos habituados e que tem vindo a desabar como um castelo de cartas?
Agora, depois da funesta desgraça, nomeiam-se comissões de averiguação, fazem-se inquéritos e investigações mais ou menos profundas para se explicar aquilo que não deveria ter explicação. Enfim, tanto Ministro, tanto Director Executivo, tanto dinheiro para cima do Serviço Nacional de Saúde e, parece que vamos estando pior, cada vez pior, à medida que o tempo passa.