A Itália sofre por estes dias uma catástrofe. A terra tremeu violentamente, semeando um rasto de morte e destruição. O mundo vai assistindo pelas televisões a episódios de dor infinita, de ruína de casas e monumentos e, também, a alguns milagres protagonizados pelas equipas de salvamento e pelos seres - poucos! - que conseguiram escapar com vida.
Num cenário como este, veio a terreiro o sr. Berlusconi - todos sabem quem é, não é verdade? - dizer a todos aqueles, cerca de 17.000, que sobrevivem em tendas de campanha, porque perderam as suas casas, os seus familiares, os seus bens e a quem, literalmente, só lhes resta a roupa do corpo, repito, veio sugerir que encarem a situação actual, da mais completa penúria, com espírito de campista, com a filosofia de quem vai passar um fim de semana a um campo de férias.
Ora, quem faz este tipo de actividade, fá-lo porque gosta, porque está bem e, portanto, pensa gozar os prazeres da Natureza. O que não é, convenhamos, nem de perto nem de longe, o estado de espírito destes naturais de l Aquilla.
Não há dúvida: de primeiro ministro, também os Italianos estão muito "bem servidos"...
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