13 abril, 2009

Eduquemos os nossos filhos!

Tarde soalheira, centro da baixa do Porto, muita gente na rua a aproveitar o Sol, crianças, novos e "menos novos" subindo e descendo a Rua dos Clérigos entre a Praça dos Leões e a da Liberdade.

Subitamente, um jovem que presumo teria entre 14-16 anos, desce no passeio a toda a velocidade, embalado pelo declive da rua que é muito, sentado num "skate", como se estivesse a fazer uma corrida em carrinho de rolamentos.
Serpenteia perigosamente por entre os transeuntes, mostrando dotes de malabarista, não colhendo ninguém por mera sorte.

Mas, mal refeitos da surpresa e carregados de indignação, eis que se ouve o barulho de mais rolamentos no passeio, descendo vertiginosamente. Passa um novo jovem, há gente que se move para lhe fugir à trajectória, e eis que surge um terceiro, repetindo os pulos e o medo que haja mais "artistas em pista".

Felizmente, nada de grave aconteceu!

Não colidiram com ninguém, crianças, mulheres ou idosos e, portanto, não passou de um mau momento e uma má experiência. Mas, se tivessem esbarrado àquela velocidade com alguém, no mínimo, haveria pés e/ou pernas partidas, se outras consequências não adviessem.

Que jovens são estes, todos na casa etária do primeiro, que atentam contra a saúde e a integridade física de todos os outros? Os pais destes "meninos" não lhes ensinam algo ao "jantar", para que eles se portem bem no dia seguinte? E se algo tivesse corrido mal, quem assumia a responsabilidade do sofrimento e dos custos médicos e hospitalares?

Enquanto estas "crianças", estes "meninos" - até aos 18 anos menos um dia, é-se legalmente criança, não é verdade? - assim forem entendidos, não há nada a fazer: se se tiver 80-90 kilos, 1,80m de altura e os tais 17 anos e meio, podem fazer o que lhes der na gana e ai de quem os chame à atenção, que os Pais aparecem para bater em todo o mundo com a ajuda dos seus lindos "rebentos".

Não há dúvida, a crise que se vive não é só económica, financeira, proveniente da inflação ou deflação. Há crise sócio-educacional, bem latente no nosso País, e esta começou, no mínimo, há duas décadas atrás. E os políticos que nos têm governado, ajudam, pactuam, incrementam, aumentam, ajudam à construção deste sector social que urge governar, educar, disciplinar, penalizar - se necessário -, para que cresçamos enquanto País com amanhã, com ideias de futuro..., mas de um futuro melhor!

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