23 março, 2010

Polícia à caça!

Fui multado por um polícia!
Entrei num corredor "BUS" no qual entro muitas vezes. Eu e dezenas/centenas de outros utilizadores daquela artéria.
O local: entrada na Av. Fernão de Magalhães, virando à esquerda, rumo ao Campo 24 de Agosto, provindo da Praça das Flores.
O porquê de ser "caçado": Há uma proibição temporária entre as 7 e as 10 horas da manhã; normalmente, uso aquela artéria à tarde, nunca naquele intervalo horário.
Por hábito, porque maquinalmente já fiz aquela entrada/manobra dezenas de vezes, entrei pleno de confiança uma vez mais. E zás!, levei na cabeça, fui caçado à má fila.

Não discuto a justeza da multa, cometi uma infracção. Fui distraído, nunca reparei na limitação que consta do sinal. Não há nada a fazer senão aquiescer de cabeça baixa num "mea culpa" interiorizado e pagar.
O que discuto é o posicionamento físico, 500 metros após a entrada, do agente e da sua brilhante moto semi-atravessada na faixa.
O que discuto é a sua postura (que, aliás, lhe manifestei) naquele local, e não 500 metros antes, de forma a ter uma função preventiva em vez de sancionatória.
O que discuto é esta desfaçatez, é esta caça desenfreada à infracção para aplicar multa pecuniária.
O que discuto é que antes de "acontecer" a polícia devia "prevenir para que não acontecesse". Prestava um melhor serviço à sociedade e libertar-se-ia para outras tarefas...
Enfim, as ordens devem ser mesmo estas: colectar, receber, 'empochar' que os impostos directos, mais os indirectos, não vão chegar para tanto "buraco" tapar!...

15 março, 2010

Usura e maus tratos

O país onde acontece é a India.
O que acontece: um 'call-center' em que os escravos/trabalhadores são tratados "abaixo de cão".
O motivo: venda de publicidade.
Um Indiano jovem com ar endinheirado coadjuvado por uma Indiana, também jovem, contratualizaram com a empresa norte americana das das páginas amarelas.
Ele é o dono; ela é "o seu cabeça de turco", a sua capataz às ordens.
Na América o trabalho desempenhado pelos telefonistas custaria cinco vezes mais. Vai daí a telefónica do 'tio Sam' contrata a um Indiano finório, agiota e sem escrúpulos a feitura do trabalhinho. Este, contratou-a a ela e ambos, em entrevistas sumárias e rapidinhas, espremem os candidatos a operador/vendedor.
Se aceite, o contratado identifica-se usando um nome falso.
Depois, bem depois, fica sujeito ao que patrão e chefe quiserem. Vale o insulto, a humilhação, a pedrada psicológica, o controlo dos minutos para almoço - não mais que quinze! -, e o "ajuste de contas" ao final de cada dia de trabalho, em que se impõe a venda de 2 a 3 contratos, no mínimo! Não vender, ou fazer uma só venda, dá direito ao despedimento sumário, com direito a "desaparece, toca a andar", que isto não é para falhados!...

Vi isto num telejornal de 'prime-time'. Como eu, terão visto muito mais portugueses. Este mundo em que vivemos nos tempos actuais, é um mundo dominado pela finança, pelo lucro fácil, a qualquer preço, custe o que custar. O relatório aos accionistas e o balanço final de contas de cada exercício anual assim determinam. O Homem, o ser humano, o colaborador, o empregado, esse..., coitado, está cada vez mais cerceado de direitos, vai sendo encostado à parede, esmagado pela exigência cega e bruta dos quadros hierárquicos que a todos dominam e tudo ordenam...

Que mundo este, será que alguma vez deixaremos de ser o pior dos animais?...

05 março, 2010

"Bullying" - chaga social!

Uma criança de 12 anos, aluno de escola em Mirandela, está desaparecida. Terá dito a colegas que se ia atirar ao rio!?...
Imagina-se que esta criança atentou contra a própria vida, que cometeu suicídio, que ansiou pela libertação da morte; e isto, porque estava a ser vítima, por parte de um grupo de colegas, de maus tratos fisicos e psicológicos, estava a sofrer desse pesadelo dos nossos dias que se apelida de "bullying".

O ano passado apresentaram queixa deste tipo de episódios, cerca de seis mil encarregados de educação. E há que contar com a infinidade de casos sofridos mas, não reportados por vergonha, por incapacidade de lidar com os agressores, por temor de represálias, pelo medo da vingança prometida...

Disto sofrem crianças!, que são atacadas, violentadas, socadas, ensanguentadas, pisadas por um grupo de outras crianças(?). Este mesmo grupo pode atacar, igualmente, professores ou auxiliares de educação, através de pontapés, do arremeso de objetos, de empurrões, da agressão verbal... O pai, a mãe, a avó, se chamados a atenção para estes comportamentos, tendem a minorá-los, a desprezá-los e a "passar a mão pela cabeça" num afago desculpabilizante, se a criança que participa nestes desmandos estiver, eventualmente, presente. Casos há, em que acontece pior, através da fúria destes supostos "encarregados de educação", que se viram eles próprios, violentamente, contra quem lhes participa os factos.

A Escola, já aqui o defendemos, é parte crucial na "Formação" académica, intelectual e moral das crianças. Professores e Educadores de Infância são partes importantes e imprescindíveis no pilar formativo da personalidade de cada individúo/criança. Mas, Educar é outra coisa: é dizer SIM, é dizer NÃO, é permitir, é proibir, é guiar, é conduzir, é ensinar o que está certo e o que está errado. É exercer a autoridade paternal e maternal, explicando os porquês...e, porque é que hoje podes e, ontem não podias...

Os Pais estão a demitir-se de uma parte essencial da vida dos seus filhos: a Educação. Não chega o momento da concepção e o do nascimento para se afirmar que tudo vai bem, tudo está bem, não querendo saber como é o dia dos filhos, como foi a jornada dos filhos, quais são as dificuldades sentidas e como se pode ajudá-los.

As nossas escolas estão repletas de crianças provindas de famílias desestruturadas, pobres, carentes de tanto, sozinhas, quase que abandonadas ao seu destino. Há droga, há álcool, há proxenetismo, há prostituíção, há violência doméstica, há gritos, discussões permanentes onde campeia o desamor. Há crianças com pai e mãe presos em simultâneo. A escola está transformada em verdadeiro armazém, em depósito de crianças que ali se guardam durante uma jorna de trabalho - a dos pais! Admiram-se que haja grupos de crianças más?...Admiram-se de quê?...


01 março, 2010

Salvemos o Planeta!

Os "Tempos" andam relampejantes. As "Núvens" andam trovejantes. As "Chuvas" andam diluvianas. Os "Terrenos" andam deslizantes. As "Águas" de rios e ribeiras andam alvoroçadas e tudo levam à sua frente.

Depois da tragédia na Madeira, o clima "atacou" no Continente tirando a vida a uma criança e, hoje mesmo, mais uma tragédia com perda de vidas nos Açores.

Quando será que nos convencemos que se não emendarmos de imediato a série de atrocidades que andamos a fazer ao Ambiente, o Clima, ou melhor, as alterações ao mesmo, vão continuar a semear a desgraça, vão apagar sorrisos do rosto de crianças, vão ceifar vidas que correm espontâneas e felizes...