O país onde acontece é a India.
O que acontece: um 'call-center' em que os escravos/trabalhadores são tratados "abaixo de cão".
O motivo: venda de publicidade.
Um Indiano jovem com ar endinheirado coadjuvado por uma Indiana, também jovem, contratualizaram com a empresa norte americana das das páginas amarelas.
Ele é o dono; ela é "o seu cabeça de turco", a sua capataz às ordens.
Na América o trabalho desempenhado pelos telefonistas custaria cinco vezes mais. Vai daí a telefónica do 'tio Sam' contrata a um Indiano finório, agiota e sem escrúpulos a feitura do trabalhinho. Este, contratou-a a ela e ambos, em entrevistas sumárias e rapidinhas, espremem os candidatos a operador/vendedor.
Se aceite, o contratado identifica-se usando um nome falso.
Depois, bem depois, fica sujeito ao que patrão e chefe quiserem. Vale o insulto, a humilhação, a pedrada psicológica, o controlo dos minutos para almoço - não mais que quinze! -, e o "ajuste de contas" ao final de cada dia de trabalho, em que se impõe a venda de 2 a 3 contratos, no mínimo! Não vender, ou fazer uma só venda, dá direito ao despedimento sumário, com direito a "desaparece, toca a andar", que isto não é para falhados!...
Vi isto num telejornal de 'prime-time'. Como eu, terão visto muito mais portugueses. Este mundo em que vivemos nos tempos actuais, é um mundo dominado pela finança, pelo lucro fácil, a qualquer preço, custe o que custar. O relatório aos accionistas e o balanço final de contas de cada exercício anual assim determinam. O Homem, o ser humano, o colaborador, o empregado, esse..., coitado, está cada vez mais cerceado de direitos, vai sendo encostado à parede, esmagado pela exigência cega e bruta dos quadros hierárquicos que a todos dominam e tudo ordenam...
Que mundo este, será que alguma vez deixaremos de ser o pior dos animais?...
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