Já não há mais para descer, já nem se vê a famosa 'luz ao fundo túnel', já nem se ouve o rufo dos tambores, já não se vislumbra, sequer, uma qualquer silhueta recortada na neblina espessa tendo como fundo, o pano escuro da noite...
Já bateu no fundo!
Já não há vergonha, pudor..., onde pára o sentido ético?
Que é feito daquela 'nesga de vaidade própria', de sentido profissional que todos devemos ter?
Sabemos que as Câmaras deste País estão todas, - ou quase todas - enndividadas até aos cabelos, por gasto excessivo, por corrupção, por "desvio" de fundos, por abotoamento de dinheiros que deveriam ser públicos, para a conta pessoal de uns quantos...patifes, burlões, reles escumalha que se arvora de "grandes senhores".
Vem isto a propósito, uma vez mais, das escolas - 701! - que o Ministério da Educação vai encerrar por este Portugal adentro. Desviam-se crianças! Alteram-se vidas e rotinas familiares! Dá-se de comer durante todo um dia às crianças que se desenraízam da família, dão-se transportes, dá-se, dão-se... malfeitores dum raio!!!
O Estado "empurrou" para cima das Autarquias. Estas, sedentas de mais poder, aceitaram a 'empreitada'. O Estado vê-se livre de vencimentos com professores e funcionários; as Câmaras a quem o Ministério prometeu "mares e fundos", agora que os não recebem, 'saem a terreiro', alegando que será a ruína, o descalabro. Enquanto esta cambada incompetente e pervertida goza do 'bem-bom' em gabinetes faustosos, os honorários de professores e auxiliares educativos a recibo verde, são diminuídos, as condições pioram, as horas de preparação de aulas e avaliação mensal de alunos encurtam. Enfim, vão buscar ao bolso e ao pouco que exista ainda 'na sacola' de quem trabalha, o resto, tudo o que sobejar, escondendo dessa forma, as suas miseráveis actuações e desempenhos públicos.
Hoje, 25 de Agosto de 2010, fiz entrega de um processo de candidatura numa determinada Câmara do grande Porto. Quando pedi um recibo, direito elementar como elemento de prova, de quem se candidata ao que quer que seja, foi-me dito que a Senha que me atribuiu um determinado lugar na ordem de chegada, desde que rubricada por trás e mencionado o número do concurso, era quanto chegava para fazer fé e, concomitantemente, o Recibo que eu almejava.
Triste espectáculo de "pobreza" este, como triste é esta estúpida realidade dos tempos que vivemos!
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