Portugal está transformado num "corredor de fundo", que é como quem diz: só nos resta correr, correr, correr muito, pelo menos nos próximos dois anos, segundo foi anunciado pelo próximo Primeiro Ministro.
E, vamos correr até à exaustão, até ao esgotamento de todas as nossas energias para reganharmos a confiança dos mercados, a confiança da Europa e de todos os outros parceiros com os quais vamos ter que lidar de perto nos próximos anos. Trata-se de uma corrida tipo maratona, longa e cansativa, cuja meta é um deficit de 5,9% para apaziguarmos os nossos interlocutores.
Na nossa corrida vamos ter que saltar muitas barreiras entre as quais se destacam:
congelamento de salário mínimo e de pensões;
aumento dos medicamentos e de taxas moderadoras;
congelamento ou, corte significativo de ajudas sociais, como subsídio de desemprego, abono de família, etc.;
aumento de escalões de IRS e do IVA.
Para bem de todos, os sacrifícios que são pedidos a todos os portugueses, oxalá sejam efectivamente feitos por todos; classes, política, gestora, administradora, incluídas. E, se chegarmos ao descalabro de continuar a naufragar até à bancarrota, prendam-se os responsáveis, julguem-nos sumariamente e ponham-nos na cadeia. Quem quer que eles sejam!
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