06 maio, 2012

D. Justiça, que é feito de si?

Equacionando escrever meia dúzia de frases, eis que dou uma mirada dentro de mim e, assim de repente, vejo e revejo cenas de capítulos já vividos que, qual cornucópia colorida, revolteiam de forma estonteante gerando em mim uma tontura, uma instabilidade grande em me suster erecto, ao alto. Agoniado pela vertigem do movimento louco, agarro-me às paredes e amparo-me onde posso, evitando estatelar-me estrepitosamente.

Isto poderia ser o preâmbulo de uma qualquer historieta de pacotilha, daquelas que nada dizem, a despeito das centenas de palavras utilizadas na sua feitura. Mas não, não se trata de algo do género. É, isso sim, o alongar de uma história que, lamentavelmente, está para lavar e durar.

Vem isto a propósito da mal fadada justiça portuguesa que, não exerce o fim último para o qual foi concebida como deveria e se lhe exige, deixando para as "calendas gregas" a resolução de casos como a "Casa Pia", o "Freeport", as Sucatas e as escutas de Godinho, Vara e outros que tal, isto para já não falar dos Isaltinos Morais e tantos outros que por aí andam...

Eis a pergunta que assola a cabeça de muitos milhares de portugueses, cuja resposta tarda em chegar: PARA QUANDO O JULGAMENTO FINAL DESTES CASOS? Já me sinto agoniado, estonteado, de cabelos em pé só de lembrar que vão expirar os prazos e tanta ignomínia ficará por aí à solta.

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