Há dias deparei com um energúmeno na estrada. Um ser acéfalo, daqueles a quem apetecia poder dar umas lambadas tal é a infantilidade perigosa de que é feito.
Entro numa estrada nacional com imposição de limite de velocidade, tal a proximidade de casario e zona comercial adjacente. Cerca de 40 metros à frente, o tráfego segue compacto e em marcha mais lenta do que aquela que levo, pelo que não acelero e mantenho uma velocidade condizente e adequada já que vou ter que começar a travar muito em breve. Num ápice um carro de grande cilindrada surge na minha traseira atacando-me o espelho com constantes sinais de luzes. Observo rapidamente pelo rectrovisor, constato que não está em marcha de urgência e "desligo" do apressado.
A faixa de estrada tem sinalética vertical e no chão de que vai estreitar. Vindo do nada, o bólide ultrapassa-me pela direita no limite do estreitamento da faixa de rodagem percorre os tais 40 metros numa grande correria, para logo começar a travar. Sem pressas, que o tráfego, aliás, não aconselhava "colo-me" ao especimen sorrindo da postura. Afinal, a manobra perigosa e nada abonatória da inteligência pouco edificante daquele "albernó", não serviu para nada mais do que ganhar o espaço de um carro e poder um dia, vir a contar aos netos, como era ousado, aventureiro e corajoso naqueles tempos da sua infância...
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