Desde 4 de Outubro para cá, Jerónimo de Sousa já entoou mais vezes a sonoridade correspondente à sigla "PS" do que em todos os outros incolores anos da sua vida, em que mais não tinha naquela cabeça senão uma cassete, uma cartilha de procedimentos pré-encomendados que despejou em cima de nós todos vezes sem conta até nos enfastiar.
Pois é, o homem que em Maio deste ano proclamava com tom de voz algo incendiado, provindo da tal cartilha, que "PS e Partidos do Governo são todos farinha do mesmo saco", encontrou agora na tal sigla, a magia necessária para se redimir e se converter num acólito activo, não se cansando de repetir até à exaustão que "o PS só não formará Governo se tal não quiser".
Engraçado, como o tempo e as circunstâncias do quotidiano são capazes de alterar tão profundamente ideais encasquetados naquela cabeça desde há décadas. É bem verdade aquele adágio popular que reza: "Só não mudam os burros". E, não há dúvida: Jerónimo lá terá o seu quinhão de frustrações, mas que não é burro, lá isso não é! Ou será, que afinal, até é?!
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