27 abril, 2020

Covid-19, o que mais virá?

Prepara-se o regresso a uma "suposta normalidade", reabrindo-se paulatina e gradualmente, alguns sectores da nossa actividade produtiva.

Pensa-se no regresso presencial às aulas para Secundário e Universitários; engendra-se a reabertura de restaurantes e hotelaria, em moldes condizentes com a realidade actual; imagina-se a máquina industrial a laborar com trabalhadores em várias equipas revezáveis espaçados uns dos outros; deseja-se, com o aproximar do Verão, que o Turismo possa contribuir para a recuperação económica; alvitra-se que o comércio reabra de forma ajustada com os tempos do "agora"; os futebóis estão ávidos pelo regresso, pois a falência de grandes equipas está no horizonte próximo... Enfim, quer-se aquilo que tínhamos outrora e que, dificilmente, voltaremos a ter, pelo menos da mesma maneira...

Claro está que perante a iminência destes cenários, o numero de infectados aumentará, e, consequentemente, o número de óbitos também. É o que se depreende do discurso político, ou seja, uma passo à frente, para provavelmente, se seguirem um, senão dois, passos atrás... 

É a inevitabilidade da condição humana: o dinheiro, a economia, o déficit a comandarem as nossas vidas, quiçá, a morte também.

Aqui fica uma das minhas grandes preocupações para o futuro próximo: Vamos "reabrir" a caixa de pandora, vamos incentivar o turismo e a vinda de milhares de ingleses, de holandeses, de alemães, brasileiros, asiáticos em aviões pejadas de gente a serem descarregados em aeroportos como se fossem hordas de invasores. PARA QUANDO, A INSTALAÇÃO NAQUELAS ÁREAS DE, PELO MENOS, APARELHOS QUE MEÇAM A TEMPERATURA DOS QUE CHEGAM???

Sem comentários:

Enviar um comentário

Vá lá, escrevinhe à vontade!