28 outubro, 2022

Jorge Palma na A.R.

O grande cantautor Jorge Palma deve estar profundamente agradecido a toda a nossa classe política, que ontem, na discussão do Orçamento Geral de Estado, o citou por variadíssimas vezes utilizando versos de muitas das suas composições, para expressarem toda a fragilidade ideológica em que deixaram mergulhar um debate que lhes devia merecer bem mais respeito, pois ali se encontravam a discutir as traves mestras da situação económico-financeira e social de todos nós.

Descambou para o tôrto, caíu na ironia entediante com que se mimosearam uns aos outros, acabou quase em chalaça anedótica digna de um musical de quarta classe. Riram e sorriram zombeteiramente, estalaram em gargalhada pouco edificante, e no fim, acabaram em grupinhos de cada uma das famílias políticas, numa de bichanar, entredentes, coisas que se não podem dizer de forma audível e sonante.

Parece que revisitamos o passado do "manso era a tua tia", ou dos corninhos insultuosos e infantis de alguém que tem uma opípara reforma de 26.500 Euros mensais.

Voltamos a tempos do antigamente, da vulgaridade pela vulgaridade, não evoluímos, nem um pouco, infelizmente!...

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