Se eu puder, amanhã!
Atordoado, vou andando por aí,
Errante, sem tino, sem eira nem beira.
Olho de viés, para trás e fico-me por ali..
Estou extenuado, tão cheio de canseira.
Parece que foi ontem, mas não foi, eu sei.
A vida rodopiou depressa e levou-me os anos.
Embora me pareça mentira, uma utopia, voei,
Onde estou? Não sei! e pergunto-me: p'ra onde vamos?
Quero viver, quero brincar, quero sorrir,
Quero continuar este caminho, sem garantia de amanhã.
Parar onde? Logo verei, depende do trilho que descobrir.
E o que quer que faça, onde quer que chegue, quero ir!...
Nem que seja para me enlear na macieza dum fio de lã.
Para... chegando ao fim, olhar o futuro e o que está p'ra vir!
Carlos Menezes
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