22 julho, 2013

Maria Luís...

O Poder escurece as mentes, tolda o olhar, anestesia os sentidos, embrutece o cérebro, afugenta os laivos de lucidez, afasta o ser humano da inteligência, do raciocínio, do pensamento, da nobreza de processos, da riqueza de procedimentos. O Poder é viciante, é exibição, é vaidade, é prepotência à solta, é castrador da verdade, é vil e ignóbil, capaz da mais torpe atitude se a tal for obrigado, o poder é, em suma, um estado de alma, alma envenenada, inebriada, bêbada, tonta que ninguém larga da mão, uma vez chegado lá, ao topo da hierarquia.
Maria Luís Albuquerque, a despeito de muito bombardeada por conotações nada abonatórias dos seus comportamentos enquanto responsável da Refer, assistiu a toda a tempestade que a sua nomeação trouxe ao cenário político sem uma palavra, sem botar figura, sem uma faladura sequer. Lá diz o Povo, e com razão: "às vezes, vale mais estar calado".
Chegar a Ministra (e para mais das Finanças) não é todos os dias que acontece na vida da gente. E, vai daí, ela lá está numa de: "aqui estou e aqui fico; daqui ninguém me tira, daqui não me demito".

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