Marcelo Rebelo de Sousa é Presidente da República deste País a cumprir o seu segundo mandato.
Por várias vezes, já aqui enaltecemos os seus princípios, a sua postura na política e na vida pública, a sua atenção ao que, não estando a correr bem, mereceu da sua parte uma "reprimenda", uma admoestação a quem necessitou de a ouvir.
Porém, desta vez volto a mencionar a primeira figura de Estado da nossa terra, não para o saúdar, não para o elogiar, mas, tão-sómente para lhe manifestar toda a minha discordância, todo o meu repúdio e revolta, pelos acontecimentos que estão a envolver vidas atormentadas de muitos Portugueses que têm sofrido mil dôres, mil atrocidades "às mãos de membros do clero", que é como quem diz, às mãos de padres, de sacerdotes, que um dia se comprometeram perante a Cruz Divina, serem seguidores do Mestre na Terra, e portanto, estarem absolutamente disponíveis para servir os outros, subsolados, nos caminhos da Fé.
Infelizmente, os ministros de Deus, os seguidores de Pedro e da sua Igreja na terra, são homens e, como tal, são humanos, são falíveis, erram como todos e qualquer um de nós nos seus quotidianos. Mas, há erros e erros, e erros há que ultrapassam a fronteira do erro, e caem na monstruosidade, no inconcebível, no flagelo que marca e que fica gravado a ferro e fogo no corpo e na alma de quem os sofre. Falamos dos abusos sexuais exercidos sobre crianças!!!
Que o sr. Presidente alerte o Bispo de Leiria/Fátima que vai ser investigado pelo silêncio que manteve sobre casos que lhe tinham sido comunicados, parece um disparate de todo o tamanho.
Que este Bispo, D. José Ornelas se tenha atrapalhado todo perante a Jornalista Sandra Felgueiras, foi uma evidência inquestionável.
Que o Bispo do Porto, D. Manuel Linda, tenha dito entre várias enormidades que o crime de abuso sexual de crianças não é crime público, é de uma ignorância que até dói.
Que o Presidente da República ache que cerca de 400 casos já apanhados pela respectiva Comissão de Investigação é um número não tão significativo quanto isso, é de uma clara falta de sensibilidade política e humana, que o deve fazer repensar como vai exercer o resto da seu mandato.
Quanto aos outros 2 senhores, que bem fariam, se entendessem que a demissão/resignação de funções era uma boa porta de saída...
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