Vivem-se tempos complicados, de difícil entendimento quanto à genese e quanto às consequências de tudo aquilo que fazemos. Ora somos sobranceiros, ora passamos pela medíocridade de algumas das nossas atitudes sem remorsos, como que, vitimizandomo-nos por uma qualquer circunstância alheia à nosssa vontade, como se nós não tivéssemos vontade própria, e com isso, sermos os únicos responsáveis pelos nossos comportamentos.
Vem isto a propósito da geração que por esta altura chega aos bancos das Faculdades. Há, como é obvio, de tudo, desde a excelência até à insana burrice de todos aqueles que acham que tal epíteto, a burrice, está sempre do lado do outro. "Se mais não fiz, foi por que o Sistema tal não me permitiu". A ignorância, a fanfarronice, a diatribe, o desancar em tudo e em todos, a maledicência e todo tipo de manobras subterrâneas que tenha por fito, atingir um determinado patamar de mordomia e bem estar na vida, tudo é válido, tudo vai a jogo na hora de conquistar o tal lugar ao Sol...
Casos há no Ensino Superior, em que a "rapaziada" imberbe e mal preparada, que ali chegou à custa de muito facilitismo, de muita regra quebrada, de muito "deixa andar, que isto de estudar com afinco é trabalho, e trabalhar faz calos", ainda não se deu, nem dará, conta, de que eles são o futuro deste País, e que desse futuro dependem eles e todos os que lhes estejam adjacentes.
A Escola está fragilizada. A Escola está orfã de exigência, de regras, de disciplina... A Escola precisa urgentemente de quem a dignifique, de quem a valorize de quem volte a acreditá-la, de quem lhe devolva a autoridade, de quem a credibilize. Infelizmente, quem de direito e que deveria estar preocupado em fazê-lo, parece estar nos antípodas de tudo isto. Para desgraça nossa e também dos que estão a chegar à vida...
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