Estamos numa época de reencontros, de regressos, de reaprendizagens... E isto, nada tem a ver com o facto de estarmos em Agosto e dos emigrantes, aos milhares, que nos entram portas adentro.
Não. Este reencontro a que me refiro tem muito mais a ver com a época pós pandemia(?) que vamos vivendo por estes dias.
Quem teve que trabalhar, por absolutamente imperioso, trabalhou e esteve em contacto com quem teve que estar. Quem, na medida do possível, pôde evitar ajuntamentos, multidões, fê-lo com toda a clareza e a certeza de que estava a fazer o que se impunha.
Vem isto a propósito, pelo facto de termos voltado a visitar e a receber visitas daquela meia dúzia de eleitos que fazem as delícias da nossa vida, sómente desde há 3-4 meses a esta parte. Reganhamos, reconquistamos, recuperamos. Em suma, estamos mais próximos, mais unidos, mais esfusiantes de alegria, pela nova faceta, pelo novo colorido que podemos dar às nosssas vidas.
Há dias, aconteceu-me mais um desses reencontros... E, foi emotivo, foi sentido, foi de uma alegria contagiante em todos os que no reencontro, acharam que o calor, que a ternura, que o amor de um abraço, pode conter em si mesmo, um mundo completo de sensações que nos inundam de um calorzinho intenso que nos afaga de mansinho. A magia de um abraço pode ser um acto de ternura infindável que nos enche e preenche por dentro e por fora.
Fui com os meus, todos os de casa. Chegamos com expectativa no olhar e fomos recebidos pelo tal abraço pleno de empatia, e pelo amor estampado nos olhos. Foi fenomenal. Foi o tal reencontro, com o passado feito de algumas décadas, que a todos soube bem. Foi como um presente espiritual, como um bálsamo que nos inebriou as entranhas. Abençoados sejam todos aqueles a quem podemos dizer: "gosto muito de ti", só com um olhar.