19 junho, 2009

E não há quem lhes arreie...

É pena que não haja lisura de processos.
Os comerciantes portugueses, desde a loja dita tradicional até aos "grandes espaços" usam técnicas de venda que são capciosas, demagógicas, fraudulentas. Aprenderam na cartilha de publicitários e 'designers', cuja missão é essa mesma: propor à sua clientela técnicas para rentabilizar, lucrar, ganhar, (?) tudo o que puder ser extorquido, não importa como.
Enganam o mais incauto e enganam também o mais atento, pois as artimanhas são tantas e tão variadas que, mesmo o mais avisado tem que estar de tal forma, de pé atrás, que perde o prazer de comprar o que quer que seja, já que nos tornamos em "desconfiados compulsivos".
Vem isto a propósito de uma situação vivida ontem e que aqui deixo, à guisa de alerta:
Uma oficina automóvel grande, instalada junto ao Jumbo, tem na sua loja de acessórios vários cartazes anunciando peças e serviços. Num deles lê-se: "Substitua a correia de distribuição do seu carro - desde € 49,00", sendo que este "desde" é bem mais pequenino que todos os outros caracteres.
Quando indago mais em pormenor junto de um dos funcionários, (quando a esmola é grande, o pobre desconfia) afinal, o custo do serviço mais as peças, como é óbvio, custam € 467,15.
Dez vezes mais, cerca de dez vezes mais é, estupidamente, mau de mais para ser verdade! Falei com a Chefia, manifestei o meu desagrado, mas...
Mas, não adiantou para nada, também não é ele que tem culpa. É o patrão, o director financeiro, a holding que tem que facturar apresentando milhões...
E, entretanto..., aguentamos "tugindo e mugindo", mas de forma inconsequente.
Eles estão certos!, não fazem nada de errado, a lei permite estes "truques", estes malabarismos.
Os burros são todos os outros, ou seja... NÓS!
Já agora, votemos na burrice.

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