Em 37 anos de Democracia, esta é a terceira vez que o FMI nos entra portas adentro. E porquê? Tão-somente por jamais termos aprendido a viver segundo as nossas reais possibilidades. "Em casa onde entrem 10, não se podem gastar 15" - frase da sabedoria popular e do tempo dos nossos avós, que não-obstante entroncar em passados longínquos, nada perde em termos da sua actualidade.
Os governantes com ideias de novo riquismo, mega projectos na cabeça, sonhos faraónicos a quererem botar figura. O outro, o português anónimo, qual político de passagem, toca a gastar por conta do cartão de plástico. Não se vê o dinheiro a sair, não se dá por ela, é gastar à fartazana. E depois? Depois, contrai-se mais um empréstimo - é fácil, é rápido, os gajos é só facilidades - para pagar o que está a descoberto.
Nós somos assim. Nós vivemos assim. Não há volta a dar. Precisaremos sempre de tempos a tempos, que venha gente de fora para nos dizer como devemos viver.
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