Numa cerimónia de apenas 4 minutos, tomou hoje posse o novo Ministro da Saúde Manuel Pizarro.
Homem do aparelho partidário, não deixa, no entanto, de ter larga experiência política e de ser médico internista. o que lhe confere, à partida, alguns trunfos para as negociações e reformas(?!) que terá que efectuar com os profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Claro, que não é desprezível o facto de ter a possibilidade de exercer/mover algumas influências no seio da máquina do PS. Mas, em boa verdade, perguntemo-nos: o que pode trazer de positivo este cavalheiro à saúde de todos os Portugueses?
Urgências de Obstetrícia/Ginecologia encerradas um pouco por todo o lado. Algumas tragédias de permeio com a perda de vidas entre Mães/Bebés. Médicos esgotados com centenas de horas extra feitas por excesso. Enfermeiros no mesmo barco, com contrangimentos idênticos. Falta de recursos humanos em ambas as classes, por aposentação, por baixa, ou tão-sómente, porque são pagos de forma bem mais vantajosa se forem trabalhar para a saúde privada. Para além de todo este "cardápio" de insuficiências crónicas, há ainda que repensar a aquisição de material hospitalar de tratamento, laboratorial e cirúrgico que atingiu já a fase da obsolescência. O mesmo se poderá acrescentar em termos de edifícios, onde se verificam algumas lacunas, tanto em hospitais como em centros de saúde...
O cenário do "antes", que não é culpa deste senhor, teria que exigir do indigitado para o exercício do cargo o cumprimento de algumas condições, sem as quais não deveria ser aceite tal nomeação. O que esperar deste senhor Ministro, portanto? Que afronte o Primeiro Ministro e o Ministro das Finanças, exigindo-lhes o desbloqueamento de verbas consideráveis para o relançamento de todo o SNS? Nada disso acontecerá... Manuel Pizarro já se declarou muito grato e honrado por ter sido o escolhido para Ministro da Saúde..., ou seja, vai reunir com todos, vai dizer nim muitas vezes, vai seguir a linha programática que lhe recomendarem, e lá se vai andando mais um ano ou dois para a frente, que a seguir há-de vir outro!
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