Já não há mais nada para descer.
Já não há mais nada para manter os níveis mínimos de exigência e de credibilidade.
Já não resta senão pedra sobre pedra, daquilo que foi a Escola Pública Portuguesa.
Já não se aguenta muito mais este calamitoso estado em que se encontra a vida pública dos Portugueses.
Jão não interessa a ninguém o trabalho, o mérito, a competência, o esforço e a sua medalha de troca: o reconhecimento pelo labor, pela glória de ser reconhecido e louvado por todos e pelos seus pares.
Já não interessa, já não incomoda quem de direito, já não mexe com os neurónios de quem manuseia os destinos da Nação e da Educação, já não os perturba, já não os aflige, já não os amargura, jã não lhes tira o sono...
Estão a nivelar por baixo, estão a terraplanar, estão a desincentivar, estão a passar a mensagem errada aos vindouros, estão a facilitar até ao inaudito, estão a baixar os níveis de tal forma, que um dia destes teremos uma data de ignorantes, uma data de néscios, teremos o impensável a dar aulas aos nossos filhos e netos.
João Costa, Ministro da Educação prepara-se para conceder o direito a todos aqueles que terminem o primeiro ano duma Licenciatura, repito, o primeiro ano, habilitação suficiente para dar aulas se assim o entender, quem tiver concluído este primeiro ano. Estamos a retroceder, estamos a andar para trás, estamos rumo ao precipício. Vamos estatelarmo-nos estrepitosamente. Quantos décadas vão ser precisas para reganhar a credibilidade, a confiabilidade, a honestidade de um sistema de ensino que se queria isento, exigente, a premiar os melhores, capaz de separar o trigo do joio, quantas décadas???