O Ministro da Educação, João Costa de seu nome, é dono de uma acirrada e malévola teimosia por se recusar a ver o óbvio: HÁ FALTA DE PROFESSORES!
Pois bem. Para colmatar o défice de tais profissionais, o referido cavalheiro no ano lectivo prestes a terminar decidiu passar a aceitar como bons para ensinar os nossos filhos, quaisquer Licenciados sem que estes tenham feito um qualquer estágio pedagógico que os habilite a dar aulas munidos de todos os ensinamentos e preparações específicas para o desempenho cabal de tal mister. Soube-se, entretanto, que se encontram já nesta situação cerca de 3.000 Licenciados que têm preenchido como podem, a função para o qual não estão preparados...
À data de ontem, anunciou-se que o Governo se prepara para aprovar legislação no sentido de providenciar aos referidos Licenciados, e a outros que venham a ser recrutados, um "Mestrado parecido" com o Estágio Pedagógico a que todos aqueles que são Professores de verdade, e por sempre terem sonhado sê-lo, se submeteram quando iniciaram as suas carreiras. Até aqui tinhamos Professores que sempre o quiseram ser. A partir de agora, teremos a leccionar nas nossas Escolas, alguns que jamais quiseram ser Professores, mas que, face a uma situação de pouca empregabilidade nos cursos que fizeram, vão estar a "ensinar", vão estar a lidar com o amanhã deste País, não sabendo, não tendo todas as ferramentas, carregando em si mesmos uma lacuna difícil de preencher: vocação!
Por enquanto, os País/Encarregados de Educação parece ainda não terem acordado para esta nova realidade. Seria bom, que face à diminuíção qualitativa do nosso Ensino, os Pais saíssem a terreiro no intuito de assegurar que o futuro dos seus filhos, que passa obrigatóriamente, pela sua instrução, pelo desenvolvimento do seu intelecto, se manifestassem para evitar mais uma golpada de pura maquilhagem em que a nossa Governança se tem vindo a especializar.