Num tom de voz muito guturalizado, algo semelhante a um urro semi-animalesco, aquela Mãe de 7 filhos (em que o mais velho é um adolescente, quase adulto, e a idade dos restantes 6 deverá oscilar entre os 3 anitos para o mais pequeno e os 9-10 anos para o mais velho) afirmou:
"Os meus filhos vão sair desta escola porque não tem tapeuta da fala".
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As férias grandes - termo muito usado pelas crianças em idade escolar - regra geral implicam a estada em casa, no seio familiar, com avós, padrinhos ou a mãe, se esta for doméstica. Até aqui, tudo normal.
A anormalidade, o abjecto e preocupante acontece quando um casal de progenitores mantém em regime de absoluta clausura, fechados, sem sair de um T3 durante cerca de dois meses, estas 6 crianças que, obviamente, correm, pulam, saltam, gritam no 2º.andar do prédio, onde esta família está instalada.
Eu próprio e toda a vizinhança nesta envolvência, jamais vimos o rosto ou as pernitas destas crianças em Julho e Agosto últimos, para passear, apanhar ar ou ir a qualquer parque infantil para dar livre curso a tanta energia acumulada naqueles corpitos. Isto não é normal, pois não?
Todos sabemos do risco que é emitir opiniões de valor sobre "vidas" por dentro das quais não estamos; daí o meu entendimento que há que ser muito cauteloso a abordar certas questões. Mas, será que a Segurança Social que acompanha e apoia - digo eu! - famílias como a que aqui vos trago, não deveria estar mais "em cima", mais atenta, mais vigilante?...
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