17 fevereiro, 2011

"Luzes negras" no horizonte

O Governo aqui há tempos atrás incentivava o aumento de natalidade de forma entusiasta. Há Municípios do interior que premeiam os casais por terem filhos. O importante é isso: ter filhos! Para aumentar a densidade populacional prometeram-se aumentos de abono, de subsídios de maternidade, até mesmo, subsídios de gravidez, a partir do terceiro mês da gestação.
Agora, que não há dinheiro nem para comprar bens essenciais (corta-se nos medicamentos, nas ambulâncias para levar idosos a tratamentos, nos efectivos para tratar a saúde e também, naqueles outros que promovem a educação) cortaram-se abonos, e os tais subsídios de incentivo ao nascimento de crianças... Até aqui, é tudo entendível, embora se não percebam muitos dos cortes!
O pior de tudo é a outra face da moeda, o outro lado, o lado escuro da Lua; ao abrigo do tal encorajamento, nasceram crianças que estão a chegar às escolinhas com 5, 6, 7 anitos, e alguns deles, são o espelho triste e preocupante das famílias que os geraram. Tão tenros na idade e já tão agressivos, tão violentos, quer nas atitudes, quer no linguajar. São crianças carentes, mal tratadas, violentadas pelos progenitores quer com gritos, quer com estaladas, vindas do álcool, da droga, da prostituição, do desentendimento mais elementar entre pai e mãe. E o estado, o poder, o sistema incentivaram tudo isto e com tal procedimento, crianças "disfuncionais" vão acabar em adultos que encherão as páginas de jornais e as celas das cadeias. Que pena... Depois arranjam-se psicólogas para dar apoio às famílias enlutadas. Que pena!...

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