Cem Anos de vida é uma data para comemorar, para celebrar pois, certamente, no seu decurso aconteceram muitas e muitas coisas dignas disso mesmo.
Mas, também é verdade que para comemorar, para festejar há que gastar uns cobres, já que não há festa, sem dispêndio de uns troquitos. Há bandeiras, fatiotas muito janotas, desfiles, paradas militares, senhores importantes em palanques, e, claro está, há um bolo com decoração alusiva à data e uma taça refrescante para "lavar os caninos". Obviamente, gastam-se umas massas!
Ora bem, há que convir que em tempos de aperto orçamental, de austeridade, em que a fome já inunda tantos lares de portugueses, em que a própria Instituição carece de verbas para pagar obrigações imediatas à Segurança Social e às Finanças, parece que quem manda, manda mal, caso contrário, teria alertado os ilustres convidados para a emergência da situação, reduzindo os festejos a um simples hastear de bandeira da corporação, feito ao toque, de pompa e circunstância de um afinado clarinete. É que, quando não há dinheiro, não (devia) há festa.
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