Fui a Espinho há dias. E, era incontornável, estando naquela cidade à Segunda Feira, não visitar a sua Feira semanal.
São quilómetros quadrados de feirantes, de barraquinhas, de tendas com os furgões ao lado. Eles e elas, os feirantes afadigam-se em manobrar as peças que pretendem vender, ora encastelando-as, ora revolvendo os "montes" de roupa, de bugigangas, de louça de barro e porcelana duvidosa, de lingerie copiada às grandes marcas, de maquilhagem de fabricantes reputados, cuja origem não arriscamos sequer imaginar.
As gentes do lado de cá das bancas, miram, remiram, remexem, "cheiram", num rodopio meio aloucado na busca de comprar por "dez reis de mel coado" a peça, a tal!...
Quando acaba, os feirantes abandonam o local deixando atrás de si um rasto fétido de lixo amontoado, de caixas e caixotes de cartão despedaçados, amarrotados, de plásticos rasgados, de restos de comida, de garrafas de plástico, enfim, o caos... É a debandada geral, principalmente, entre os feirantes de raça calé, que deixam atrás de si uma imagem pouco digna e pouco consentânea de uma etnia que clama por igualdade, mas que não aprendeu ainda como respeitar os outros.
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