Continuam tão, genéricamente, parvos como sempre. Estou a referir-me a essa "nova casta" de utilizadores da via pública, denominados peões.
Em noventa por cento dos casos, avançam nas passadeiras com a "segurança" de quem ali tivesse um muro de betão para os proteger. Não olham para nenhum dos lados, não tentam perceber nos olhos de quem se aproxima ao volante de um qualquer veículo, se está para parar, para diminuir a velocidade, ou se, pelo contrário, vem distraído, alterado, pouco assente e pode, portanto, atropelar com todas as consequências que daí advenham.
Fazem-no velhos e novos, o que me leva a supor que, ou os novos envenenam os velhos com as suas ideias de que "posso tudo, mando tudo", ou então, são os velhos que jamais souberam educar os novos que por lá têm em casa. Numa atitude, quantas vezes, algo desafiante, como as crianças que passam a vida a "testar os limites", também este grupo de pessoas parece querer dizer ao mundo: "pára, senão bebes!", deitando para trás das costas aquela que deveria ser a sua preocupação mor: em caso de descuido do condutor, sabe-se que legalmente fica numa camisa de sete varas, mas, quem sem dúvida, fica em piores condições, é o peão que ficará numa cama de hospital, só Deus sabe, com quantos ossos partidos e com que sequelas para o resto da vida...
Está mais que na hora de crescermos cívica e educadamente e de procedermos de acordo com o clausulado legal que diz mais ou menos:
"Ao atravessar numa passadeira, o peão, embora usufruindo de prioridade, deve usar de todas as cautelas antes de o fazer, e após iniciar a sua passagem, a mesma deve ser feita no mais curto espaço de tempo". Sejamos inteligente e cordatos, por favor!