Infelizmente, tivemos hoje quase mais 4.000 infectados com Covid-19. E a procissão ainda só vai no adro. Medidas e contra-medidas, faz que anda mas não anda e, eis-nos chegados àquele beco que parece não ter saída, em que já vimos tanto desnorte, já percebemos tanta insegurança, já escutamos tamanhas atoardas, que, infeliz e tristemente, parece que o Governo está esgotado, está exangue, parece mais moribundo do que proactivo.
Autarcas do Norte pedem medidas concretas e urgentes para aliviar a pressão que vai estrangulando o nosso Sistema Nacional de Saúde. O Governo vai reunir no próximo Sábado, mas não se crê que dessa reunião possam saír tomadas de posição suficientemente enérgicas para valer a várias regiões nortenhas em tempo útil.
Enquanto fomos assistindo a férias, abertura de escolas, festas partidárias, aniversariantes, casamentos e baptizados, futebóis, fórmulas 1, Erasmus, sempre com muita gente, gente demais até, envolvida em tais eventos, eis-nos a pagar a factura de tais desmandos e a suportar a falha (grave!) de uma programação atempada dos tempos que estavam para vir.
Temos estado a reagir em vez de antecipar. Temos estado a tapar buracos em vez de construír. Temos estado a lamber as feridas em vez de as evitar. Para quando o fim deste pesadelo que nos verga a cerviz?