A Soberana do Reino Unido e da Commonwealth, a Rainha Isabel II, faleceu hoje aos 96 anos de idade.
Soube criar um grande carisma, Senhora de uma personalidade muito própria e dona de convicções fortes, serviu o seu Povo do alto do pedestal que soube erguer e manter ao longo de um reinado longo de sete décadas.
Figura de recato, ausente dos palcos do poder, da vaidade e sobranceria soube, com os quinze Primeiro Ministros a quem deu posse ao longo da sua vida, manter uma postura séria, equidistante, inteligente e firme quando entendeu que tal deveria ser o seu papel.
Serviu a Nação e o seu Povo com mestria, não acertou em tudo de certeza, mas, andou muito lá perto. Soube ouvir muito mais do que falou e os seus silêncios foram, por vezes, mensagens poderosas quer em tempos de guerra, quer em tempos de acalmia, quer em tempos de pandemia...
Fica para a História muito do que fez mas, certamente também, aquela sua imagem vestida de negro numa cochia vazia de uma qualquer Catedral, sózinha, olhos de dôr escondidos pela cabeça caída no peito, aquando das cerimónias fúnebres daquele que foi o amor da sua vida, o Príncipe Filipe.
Numa era em que existem várias monarquias espalhadas pelos quatro cantos do mundo com Principes e Princesas, com Condes e Condessas, com Duques e Duquesas, aquela Senhora era a tal, era especial, era única. Enfim, era a Rainha!...