O Orçamento de Estado para 2014 foi hoje aprovado na Assembleia da República.
Não importa agora discutir se de forma melhor ou pior, o que é certo é que está aprovado e contém em si mesmo, medidas que infligirão mais e mais sofrimento em muitos milhares de portugueses.
A Oposição liderada pelo Partido Socialista contra argumenta de forma exuberante e a plenos pulmões o que, segundo eles, está errado, solicitando mais uma vez que o Governo se demita, que se vá embora. O problema é a apresentação de alternativas, de quaisquer ideias sérias que possam remediar o grande buraco em que eles próprios nos meteram.
Perante esta aridez ideológica, realmente temos que nos perguntar: o que fazem aqueles palermas todos, pagos a peso de ouro por todos nós, sentados na Assembleia, quando em momento tão sério quanto este que ora vivemos, mais não fazem que discutir entre eles o sexo dos anjos?
Passos Coelho pede convergência, Paulo Portas solicita entendimentos, António José Seguro nega quaisquer possibilidades. Mas, permito-me perguntar: se o Governo caísse, se Seguro ganhasse as eleições será que o sofrimento dos portugueses que nos tem estado a ser exigido à força toda, acabaria na hora?
Desenganem-se todos aqueles que assim pensam, pois se tal cenário se confirmasse, Seguro e os seus acólitos passariam os próximos 2-3 anos a dizer-nos que tudo o que houvesse ainda para nos sugar, era resultado da péssima governação dos seus antecessores. E, pronto, assim vamos vivendo, assim vamos empobrecendo até à miséria total...