Os combustíveis estão onde jamais estiveram. O seu preço chegou a preços recorde como nunca se viu. Gasolina e gasóleo estão numa subida meteórica que ameaça sériamente, a estabilidade de tantas áreas fulcrais da nossa economia. Com a sua subida, tudo galga por arrasto e desde o pão à carne, passando pelo peixe e a fruta, aos lácteos e a tantos outros produtos, nada escapa à influência nefasta do peso que a subida dos combustíveis origina.
Claro, a guerra na Ucrânia, o clima de instabilidade política, económia e financeira que tal acontecimento provoca, desencadeou desconfiança dos mercados e o pânico nas bolsas mundiais. A escassez de produtos ditos essenciais levou ao inexorável aumento dos mesmos, e o petróleo sendo uma fonte de energia fulcral sofre de todas as instabilidades atrás enunciadas.
Poderá argumentar-se que é assim que a coisa funciona. Que sempre assim foi. É verdade, é desta forma que as coisas funcionam, mas numa altura de crise mundial tão acentuada, com uma pandemia ainda a mexer com todos nós, será que os Governos não poderiam, ou deveriam, intervir no sentido de ajudar um pouco mais as populações? É que desta forma, o senso-comum pensa que há muito boa gente a enriquecer de forma escandalosa, nomeadamente, as empresas petrolíferas e os revendedores de tudo o que é cadeia de produção e distribuição. Senhores da política, pensem nisso, se puderem!