Esteve nas notícias de hoje.
Uma grávida em trabalho de parto, residente na margem Sul do Tejo, viu-se na necessidade de recorrer à assistência hospitalar devido à iminência que o seu estado justificava.
Pois bem, ou MAL, mesmo muito mal!, esta grávida não teve vaga para ser assistida nem no hospital de Setúbal, nem no hospital de Almada... Atravessada a ponte, imagina-se que pelo menos, um hospital de entre os muitos que existem na Capital deste País, possa valer a esta mulher. Errado! Esta mulher mais o filho que carrega no ventre é "desviada" para Santarém, a mais de 100 kms da sua residência. Mas, aqui chegada, a odisseia ainda não tinha acabado: eis que, uma vez mais, mandam esta parturiente na iminência de dar à luz a qualquer momento, para as Caldas da Raínha, com mais 50 kms de viagem...
É desumano, é inaudito, é aberrante, é impróprio de uma Democracia e de um País que se diz estar na linha da frente... É, por demais, revoltante e intolerável continuarmos a assistir a este desmoronar, a esta ruína do Serviço Nacional de Saúde de que tanto nos podíamos orgulhar até que estes nefastos e recorrentes acontecimentos nos vão acontecendo, quase todos os dias da nossa vida. Hoje, acontecem ao nosso vizinho; amanhã acontecer-nos-á a nós próprios.
Já aqui deixamos uma palavra de conforto ao Ministério da Saúde e a quem o tutela, quando entendemos que tal se justificou. Desgraçadamente. estamos hoje nos antípodas de tal situação e, como tal e por amor à verdade, há que manifestar a minha revolta e o meu total desagrado pelo lastimável estado a que estão a deixar chegar o nosso Serviço Nacional de Saúde. Salvem-no enquanto é tempo, ou então, ide-vos daí permitindo que outros possam tentar fazer aquilo que vós não conseguis!...