Há dias fui à Baixa.
Estacionei num parque de "shopping", para evitar males maiores, e lá fui à minha vida, tratar de umas coisinhas.
Como tinha parqueado nas catacumbas, ou seja, no piso -3, há que pressionar botão de elevador. Da coluna de cimento onde estão instalados os "sobe e desce", eis que se escuta uma gritaria, uma grande algazarra.
De súbito o elevador chega ao meu piso e abre a portinhola. Lá dentro três meninas na casa dos 12-13 anos, cantavam a plenos pulmões por cima de uma qualquer musiqueta que grasnava de um 'smartphone' que uma delas levava na mão.
A minha entrada e a da minha mulher naquele cubículo em nada alterou aquele vozear apopléctico daquelas três e, assim sendo, fizemos a ascensão até ao piso do solo remirando aquele estado de extâse endiabrado em que as jovens nos ignoraram em absoluto.
Chegados ao piso 0, três rapazolas a rondar os 15-16 anos irrompem elevador adentro, gerando desconforto nas saídas minha e da minha mulher, não olhando a nada nem ninguém, sem regras, "sem rei nem roque".
É de casa, é do Lar, é dos Pais e Avós que têm que vir os valores da educação, tais como: respeito pelos outros, postura social, dever moral de escutar para se ser escutado, disciplina, humildade, verdade para que se possa disfrutar da vida em plena Liberdade. Enquanto tal não acontecer, enquanto dissdermos aos nossos meninas e meninas que podem tudo, estamos a conceber uma sociedade bruta, mal criada, indisciplinada, sem regras e sem metas. Que pêna que assim seja!