Os Bolsonaros, os Venturas, os Putins, os Maduros, os Trumps, as Le Pens têm todos algo em comum: São todos algo loucos, adoidados, são todos autoritarões, são todos prepotentes, são todos demagogos, e bebem todos na mesma fonte e do mesmo cangaço; eleitores com pouca ou nenhuma literacia, eleitores pobres/na miséria e com pouco poder económico, eleitores pouco bafejados pela vida, eleitores mal tratados pelos seus semelhantes, eleitores desviados de um destino melhor, roubados no mais básico, algemados nos seus direitos, espoliados, sugados, chupados até ao tutano, enfim, vivem da desgraça alheia e dos desgraçados da vida!...
Isso leva a que milhões destes seres que não pediram para nascer e, muito menos, para penar as passas do Algarve no lodo miserável do quotidiano em que vivem atolados, se sintam eternamente rejeitados, humilhados, espezinhados e, como tal, descrentes nos políticos, descrentes de quem manda e como manda, descrentes nos responsáveis da miséria das suas vidas. Já nada os faz acreditar num amanhã melhor senão o arrojo, a lata destes novos arautos da verdade, das palavras insufladas destes falsos pagadores de promessas. E, vai daí, quando surgem eleições, tudo o que esta gente quer é mudança, qualquer que ela seja.
Infelizmente, quando lá chegam acima à cupula, ao poder, levados pela cegueira iletrada destes destratados da vida, tornam-se autoritários, prepotentes, enganadores e detonam tudo o que puderem à sua volta, não deixando hipóteses aos que ficam e aos que hão-de vir, pois o mundo com eles ao leme, vai~se tornando a cada dia que passa, numa "coisa pior". A cegueira destes chefões de pacotilha não deixa muita margem para se recuperar dos retrocessos verificados com as alterações climáticas, com as crises sociais, com o dilema da pobreza extrema, com o horror da espoliação dos direitos mais elementares, enfim, com a desgraceira a que vamos assistindo... Infelizmente!